terça-feira, 25 de outubro de 2011

Samba X Pagode




Se fizermos uma pesquisa primária na internet nesses sites que o Google busca, encontramos o histórico de pagode como festa oriunda da senzala, onde os escravos aproveitavam suas poucas horas de lazer para cantar, dançar e beber. Samba é encontrado como ritmo musical original do Brasil. A palavra samba derivada da palavra “semba”, ritmo musical africano, demonstra a união do batuque do tambor e da dança com o tempero brasileiro. Mas o que difere o samba do pagode?!
  Denomina-se sambista quem faz samba, bate no peito e exalta as raízes desse ritmo musical, raízes essas que se reconhecem pelos acordes de bandolins, presença de cuíca, pandeiro de couro talvez e um cavaco extremamente afinado, sem falar no som contagiante do surdo, que literalmente ensurdece e enlouquece quando enumerado em uma bateria de escola de samba. Samba é prosa e poesia cantada, é melodia bonita, é acorde pensado, é sentimento, é exaltação, é emoção e lamento. É ATEMPORAL.
  Pagode é o filho do samba que não renega as origens, mas não as segue firmemente. Pagodeiro é aquele que se adapta a moda, que vai de acordo com a maré, que une a sua música com axé, funk, rap, sertanejo, e o que mais a “onda” levar. Pagode é música que vende, é show de superlota, é gíria e dialeto. Nem sempre as letras são vazias, às vezes a melodia é menos rica e contraditoriamente envolvente. É MOMENTO.
  Sambas se imortalizam e pagodes nos impulsionam para que a mídia e o mercado da música jamais esqueçam o valor desse ritmo que seja aliado aos teclados e metais ou então batucado a caixa de fósforos é nosso, é daqui brasileiramente falando. Sem duelos e sim um acordo de paz. Enquanto alguém compõe um samba para meus netos cantarem, eu me permito pagodear pra esquecer os problemas. 

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